🔍 10 Curiosidades Sobre Parasita (2019) Que Vão Te Deixar de Queixo Caído

🎬 Parasita (2019) (기생충, Gisaengchung) não é apenas um filme, é um fenômeno cultural e cinematográfico! Dirigido pelo brilhante Bong Joon-ho, essa obra-prima sul-coreana conquistou o mundo, quebrando barreiras e levando para casa o Oscar de Melhor Filme – tornando-se o primeiro longa não falado em inglês a conseguir esse feito. Mas Parasita vai muito além dos prêmios e dos elogios da crítica.

Com sua trama envolvente e cheia de camadas, o filme explora as desigualdades sociais, revelando as tensões invisíveis entre classes e expondo como os extremos da sociedade coexistem em um delicado jogo de dependência e exploração. Tudo isso com uma mistura brilhante de humor, suspense e crítica social.

A trama segue a família Kim, que sobrevive com dificuldades em um porão minúsculo e infestado de umidade, dobrando sacos de pizza para ganhar uns trocados. Quando o filho mais velho, Ki-woo, recebe a chance de se passar por um tutor particular e trabalhar para a rica família Park, ele vê uma oportunidade de melhorar de vida. Logo, sua irmã Ki-jung, seu pai Ki-taek e sua mãe Chung-sook também encontram maneiras de se infiltrar na casa luxuosa dos Park, substituindo os empregados anteriores por meio de mentiras cuidadosamente elaboradas. Inicialmente, tudo parece um golpe perfeito, mas a história evolui de maneira inesperada, transformando a narrativa em algo muito mais tenso, bizarro e imprevisível.

Parasita (2019)

Bong Joon-ho brinca com a ideia de quem são, de fato, os verdadeiros “parasitas” da história. A família Kim, que se infiltra na casa dos Park e toma vantagem do privilégio da elite, ou a própria família rica, que vive alheia aos problemas do mundo real e se aproveita da mão de obra barata para manter seu conforto?

Essa dualidade permeia toda a trama e gera uma desconfortável reflexão sobre desigualdade social, sugerindo que a divisão entre ricos e pobres não se trata apenas de dinheiro, mas também de oportunidades, poder e perspectiva de futuro. Como o próprio diretor afirmou em entrevistas, Parasita é “uma comédia sem palhaços e um thriller sem vilões”, porque no fundo, todos os personagens são apenas produtos do sistema em que vivem.

Além do enredo brilhante, o filme também se destaca pelo seu uso simbólico de cenários e elementos visuais. A casa dos Park, por exemplo, é quase um personagem à parte. Com sua arquitetura moderna e janelas gigantes, ela representa a ostentação e a ilusão de segurança da classe alta. Em contraste, o porão apertado da família Kim simboliza a precariedade e a invisibilidade social dos mais pobres.

O próprio conceito de “altitude” no filme reflete essa hierarquia: os ricos vivem no topo da cidade, em áreas ensolaradas e espaçosas, enquanto os pobres vivem em becos e porões subterrâneos, literalmente abaixo deles. Essa metáfora atinge o ápice na cena da enchente devastadora, onde os Kim perdem tudo enquanto os Park sequer percebem o impacto do desastre.

Outro detalhe que faz de Parasita uma obra-prima é a forma como ele transita entre gêneros cinematográficos sem perder a coerência. O filme começa como uma comédia sarcástica, evolui para um drama social, flerta com o suspense, e culmina em um thriller chocante. Cada reviravolta é executada com precisão cirúrgica, deixando o espectador hipnotizado e desconfortável ao mesmo tempo.

Esse equilíbrio é sustentado pelo elenco impecável, com destaque para Song Kang-ho, um dos atores favoritos de Bong Joon-ho, que entrega uma performance emocionante como Ki-taek, o pai da família Kim.

No fim, Parasita não apenas elevou o cinema sul-coreano a um novo patamar, mas também provocou discussões profundas sobre desigualdade, privilégios e sobrevivência em um mundo implacável. O final agridoce do filme deixa um gosto amargo, pois nos lembra que, na realidade, escapar da pobreza é quase impossível sem o privilégio da classe alta. Bong Joon-ho não oferece soluções fáceis, apenas uma reflexão dura e realista. Mas talvez seja exatamente isso que torna Parasita tão inesquecível, impactante e relevante. 🏡🎭


🎭 10 Fatos Sobre Parasita

💡 Há muito mais nessa tragicomédia social do que apenas um estranho no porão…

O filme Parasita não foi apenas o primeiro longa-metragem em língua não inglesa a vencer o Oscar de Melhor Filme, mas também um dos únicos três filmes na história a conquistar essa estatueta e a Palma de Ouro em Cannes. A obra-prima sul-coreana cativou o público com sua mistura brilhante de comédia, suspense e crítica social, entregando uma narrativa moralmente ambígua e cheia de reviravoltas.

Parasita (2019)

A trama acompanha uma família pobre, os Kim, que se infiltra na casa de uma família rica, os Park, assumindo identidades falsas como tutores e empregados para conseguir uma vida melhor. Mas eles não são os únicos escondendo segredos… 👀

Se você já assistiu e amou o filme, ou se ainda está tentando entender todos os detalhes e simbolismos por trás dessa história genial, aqui estão 10 curiosidades incríveis sobre Parasita! 🌟


1️⃣ Parasita começou como uma peça de teatro 🎭

Antes de ser um filme, Parasita quase foi uma peça de teatro! O diretor Bong Joon-ho revelou à The Atlantic que a ideia inicial veio quando um amigo ator sugeriu que ele escrevesse um roteiro para os palcos.

Ele percebeu que a limitação de espaço no teatro poderia ser um desafio interessante, então pensou:

“Que história eu poderia contar usando apenas duas casas?”

Na época, Bong ainda trabalhava na pós-produção de Expresso do Amanhã (Snowpiercer), um filme que também aborda a desigualdade social entre ricos e pobres.

Mas logo ele percebeu que essa história precisava ser cinematográfica. Em entrevista ao Deadline, ele contou:

“Desde a primeira linha do roteiro, já comecei a pensar nos ângulos de câmera. Logo percebi que essa história só poderia ser contada no cinema.” 🎬

Ou seja, ainda bem que ele mudou de ideia, né? Imagina perder todas aquelas cenas cinematográficas incríveis? 😍


2️⃣ Alfred Hitchcock foi uma grande influência 🔪

Se você sentiu aquela tensão crescente ao longo do filme, pode agradecer ao mestre do suspense: Alfred Hitchcock! 🎥

Parasita (2019)

O próprio Bong Joon-ho contou à Vanity Fair que sempre buscou inspiração nas obras do diretor. Antes de filmar Parasita, ele reassistiu Psicose, e o design da escada na casa dos Bates influenciou diretamente a arquitetura da mansão dos Parks.

Outro detalhe interessante: o autorretrato de Da-song pode ser uma referência à pintura de São Francisco, feita pela personagem de Marion Lorne em Pacto Sinistro (1951). Alguns fãs especulam que a pintura do garoto não é um autorretrato, mas sim uma representação do “monstro” que vive no porão… 👀


3️⃣ Bong Joon-ho se inspirou em sua própria experiência como tutor 📚

O diretor Bong Joon-ho já trabalhou como tutor particular para uma família rica, experiência que ajudou a moldar a história de Parasita.

Parasita (2019)

Além disso, o filme também tem influências do caso das irmãs Christine e Léa Papin, empregadas domésticas francesas que, em 1933, assassinaram brutalmente a esposa e a filha de seus patrões. O crime chocou a França e se tornou um símbolo da luta de classes, refletindo a opressão das camadas mais baixas da sociedade.

Curioso como o cinema e a realidade muitas vezes se misturam, né? 🎭


4️⃣ O filme tem mais efeitos visuais do que parece 🎨

Se você acha que Parasita não usa muitos efeitos especiais, prepare-se para uma surpresa: cerca de 400 das 960 cenas possuem efeitos visuais! 😱

Aqui estão alguns exemplos de CGI que passaram despercebidos:

O segundo andar da casa dos Parks foi totalmente criado por computação gráfica! 🏠
O jardim e o céu em várias cenas são digitais ☁️
A água da enchente foi aprimorada digitalmente para parecer mais dramática 🌊

Bong usou uma versão 3D digital da mansão em seu iPad para planejar cada cena detalhadamente, como se estivesse dirigindo um videogame! 🎮


5️⃣ “Ram-don” não é um termo comum na Coreia 🍜

Uma das cenas mais icônicas de Parasita envolve um prato chamado “ram-don” – uma mistura de macarrão instantâneo com carne caríssima.

Mas a verdade é que esse nome não existe na Coreia! 😲 O termo foi inventado pelo tradutor Darcy Parquet para as legendas em inglês, já que o nome original, “chapaguri”, poderia ser confuso para o público internacional.

📌 Na Coreia, o prato é uma mistura dos macarrões Jjapaghetti e Neoguri, e se tornou popular em 2013 após aparecer no reality Dad! Where Are We Going?.

Após o sucesso do filme, a fabricante de macarrão, Nongshim, lançou uma versão pré-misturada do chapaguri para os fãs recriarem em casa! 😋


6️⃣ O título original tem um significado especial 🦠

Diferente do título em inglês, que deixa a interpretação em aberto, o nome coreano Gisaengchung (기생충) tem um significado mais direto.

Segundo a escritora Layne Vandenburg, a palavra pode ser dividida em:

  • “gisaeng” (기생, parasita)
  • “chung” (, inseto)

Parasita (2019)

Além disso, os nomes dos membros da família Kim também fazem referência ao título:

  • Ki-woo, Ki-jung e Chung-sook compartilham sílabas que remetem à ideia de parasitismo.

É um detalhe sutil, mas que diz muito sobre a essência do filme! 🔥


7️⃣ Algumas mudanças foram feitas para o público internacional 🌍

Para que o filme fosse melhor compreendido pelo público ocidental, algumas adaptações foram feitas.

🔹 O diploma falso de Ki-woo foi trocado – na Coreia, ele falsifica um diploma da Universidade Yonsei, mas na versão internacional, o diploma é de Oxford 🎓.

🔹 O aplicativo KakaoTalk foi substituído por WhatsApp – KakaoTalk é extremamente popular na Coreia, mas pouco conhecido fora da Ásia 📱.


8️⃣ O estúdio ficou receoso com a crítica social 😬

Quando o filme ficou pronto, os responsáveis pelo marketing ficaram preocupados que o público se sentisse ofendido com a mensagem de crítica social.

Parasita (2019)

A principal preocupação veio de uma fala específica de Mr. Park:

“Pessoas do metrô têm um cheiro peculiar.”

Essa frase foi considerada cruel, pois 7 milhões de pessoas usam o metrô diariamente em Seul. Mas Bong insistiu em mantê-la no filme para mostrar a desconexão da elite com a realidade.


9️⃣ Críticos elogiaram a mistura de gêneros 🎭

O filme transita entre comédia escrachada, suspense e drama social, tornando-se difícil de categorizar.

Bong Joon-ho descreveu o filme como:

“Uma comédia sem palhaços e um thriller sem vilões.”


🔟 O final cruel e triste foi proposital 😢

O final pode parecer esperançoso, mas é uma ilusão. Bong deixou claro que Ki-woo nunca conseguirá comprar a casa.

“É cruel e triste, mas eu quis ser honesto com o público. Todos nós sabemos que esse garoto nunca conseguirá comprar aquela casa. Esse é o mundo real.”

💔 E é exatamente isso que torna Parasita tão genial!


🎬 Conclusão: Parasita e seu impacto no cinema e na sociedade

Parasita não é apenas um filme, é um espelho da sociedade moderna. Bong Joon-ho constrói uma narrativa onde a luta de classes não é apenas um pano de fundo, mas o verdadeiro motor da história. Ao longo do filme, somos levados por uma montanha-russa de emoções, rimos, nos chocamos e, no final, ficamos com uma sensação incômoda de que a realidade não está tão distante assim da ficção.

É impossível assistir e não se questionar: quem são os verdadeiros parasitas? Quem explora quem? A genialidade do roteiro está justamente nessa ambiguidade, onde não existem heróis nem vilões, apenas sobreviventes de um sistema desigual.

O sucesso estrondoso do filme ao redor do mundo não foi por acaso. Parasita quebrou barreiras culturais e linguísticas, mostrando que histórias locais podem ser universais. O Oscar de Melhor Filme foi apenas a ponta do iceberg – a obra venceu mais de 300 prêmios internacionais, incluindo a Palma de Ouro no Festival de Cannes, algo raríssimo.

Isso consolidou não só Bong Joon-ho como um dos maiores diretores da atualidade, mas também ajudou a elevar o cinema sul-coreano no cenário global. Depois desse fenômeno, muitos espectadores passaram a explorar outras produções do país, descobrindo que há muito mais além de Hollywood.

Além de seu impacto cinematográfico, Parasita também acendeu debates importantes sobre desigualdade social. A história dos Kim e dos Park reflete dinâmicas de poder reais, não apenas na Coreia do Sul, mas no mundo todo. O abismo entre ricos e pobres, a precarização do trabalho e a dificuldade de ascensão social são temas universais.

A famosa cena do cheiro, onde o Sr. Park comenta sobre o “cheiro de metrô” dos Kim, expõe o preconceito estrutural de maneira sutil e brutal ao mesmo tempo. São detalhes como esse que fazem Parasita ir além do entretenimento e se transformar em uma crítica social poderosa.

Parasita (2019)

Talvez o aspecto mais marcante do filme seja seu final cruel e honesto. Durante toda a trama, Ki-woo acredita que pode mudar sua realidade, que existe uma saída para sua família. Mas Bong Joon-ho destrói essa ilusão de forma devastadora, nos lembrando que, para muitos, a mobilidade social não passa de um sonho distante.

O espectador termina o filme com um misto de revolta e impotência, pois, no fundo, sabemos que o destino de Ki-woo não será diferente do de seu pai. Essa franqueza é o que torna Parasita tão impactante e inesquecível.

No fim das contas, Parasita não é apenas um dos maiores filmes do século XXI, mas também uma obra que nos faz enxergar o mundo de outra forma. Ele nos obriga a refletir sobre nossa própria posição na sociedade e o quanto estamos – consciente ou inconscientemente – presos nesse jogo de privilégios. Como disse Bong Joon-ho ao receber o Oscar: “Quando você supera a barreira das legendas, será apresentado a muitos filmes incríveis”. E Parasita é, sem dúvida, um dos maiores exemplos disso. 🏡✨


Com informações de Mental Floss.

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